quinta-feira, 17 de julho de 2008

No Clima da ExpoCrato

Julho é o mês mais esperado dos cratenses e, porque não dizer, dos caririenses. Além de ser o mês das férias escolares e um período onde predomina um clima agradável é, sem sombra de dúvidas, a Exposição Centro-Nordestina de Animais e Produtos Derivados, mais conhecida como EXPOCRATO, o evento mais aguardado dos cratenses. Neste período a cidade se transforma: ruas são asfaltadas, meio-fios são pintados, terrenos são limpos, iluminação é reposta, a sinalização do trânsito é refeita, adornos são colocados da entrada da cidade até o parque onde se realiza o evento, além da grande quantidade de turistas de todo Brasil, que se dirigem à nossa cidade para participar do evento.

É inquestionável que a Exposição do Crato já é um evento consagrado no cenário nacional, sobretudo no tocante ao grande número de negócios agropecuários realizados, atraindo turistas que se encantam pelas atrações naturais da Chapada do Araripe, pelas atrações culturais e artísticas do povo da região, pelas tradições religiosas, mas indubitavelmente, pela calorosa hospitalidade dos cratenses.

A realidade é que o astral do povo do Crato melhora durante os dias que antecedem a EXPOCRATO, aumentando ainda mais durante a semana de realização do evento. Neste período a feição da cidade muda, fica mais bela, mais atraente e mais cheia de encanto. O comércio abre mais tarde e fecha mais cedo. Nas praças não se fala em outra coisa, a não ser comentar as novidades da Exposição. Os clubes são invadidos por pessoas que buscam as belezas naturais e as fontes de águas cristalinas. Os bares e restaurantes ficam cheios ao cair da tarde, onde a população e visitantes fazem a “base” para mais logo, à noite. Os idosos colocam suas cadeiras nas calçadas para ver o movimento.

Mas, nem tudo são flores. A cidade ainda carece de melhoria na qualidade dos serviços e equipamentos públicos. Existem poucos hotéis e restaurantes, obrigando os turistas a se hospedarem nas cidades vizinhas. A malha viária possui várias opções, mas a conservação das estradas de acesso à região do Cariri não ajuda. No tocante à infra-estrutura aérea, já não se pode dizer o mesmo, pois contamos com um modesto aeroporto e com apenas uma companhia atuando na região. Falta um centro de apoio ao turista, onde sejam oferecidas informações sobre pontos turísticos, museus, igrejas, cultura, artesanato, gastronomia, clubes, trilhas ecológicas, fontes de águas naturais... Enfim, um serviço que possa dar suporte ao turista, fazendo com que a sua estadia seja inesquecível.

É importante ressaltar que para garantir o sucesso do evento é necessário que todos evitem qualquer tipo de excesso, que se desarmem não só literalmente, mas principalmente da arrogância e espírito de violência, que não sujem a cidade, que tratem bem o turista e que respeitem o próximo.

Jefferson Luiz Alves Marinho
Professor e Coordenador do Curso de Construção Civil da URCA.