Os lançamentos imobiliários no primeiro semestre deste ano, em Fortaleza, terão aumento de 106% em relação a igual período do ano passado. Essa é a estimativa do presidente do Sindicato da Habitação no Ceará (Secovi-CE), Sérgio Porto.
De acordo com o empresário, o mercado imobiliário vinha em uma crescente forte, e em 2012 registrou uma desaceleração normal e prevista. Mas, neste ano, deve retomar o fôlego.
"O mercado vinha acompanhando o crescimento contínuo do País. Ano passado tivemos essa queda, mas para 2013 a tendência é que os números sejam ainda melhores", reitera Porto.
Construção civil
No setor da construção civil, os resultados esperados também são positivos. De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, a expansão é igualmente justificada por uma quantidade maior de imóveis que vão ser lançados ao longo do ano.
"Em 2012 tivemos poucas inovações, o mercado estava desovando a produção. Nossa expectativa é que muitos lançamentos aqueçam o mercado. Um crescimento acima da média nacional", destaca Montenegro.
Ainda de acordo com Montenegro, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, será o responsável para aumentar o volume de vendas no setor.
A estimativa é que sejam contratadas entre 15 e 20 mil unidades de apartamentos na faixa 1, com renda familiar de até R$ 1.600. "Esperamos que esse segmento deslanche para esse ano. Esse será um dos nossos principais focos", enfatiza.
Tendência mundial
Já o mercado imobiliário mundial terá crescimento de 14%. É o que aponta o relatório do Atlas Internacional de investimentos da Cushman & Wakefield.
Segundo os dados a recuperação do mercado imobiliário no globo pode ultrapassar os 815 bilhões de euros (mais de US$ 1 trilhão) em 2013.
No ano passado, esse crescimento não passou dos 6%. Os especialistas do setor veem a movimentação como um "retorno da confiança no mercado" e apostam na América do Norte e nos mercados asiáticos como os grandes impulsionadores dessa atividade, promovida por investimentos de grandes empresas, além de indivíduos ou famílias de alta renda.