quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Déficit habitacional em queda

Estudo aponta que entre 2007 e 2011 déficit habitacional básico caiu 13%
O estudo não considerou famílias que moram em favelas
 por conta da descontinuidade de dados do IBGE
Estudo feito pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que o déficit habitacional básico brasileiro caiu 13% entre os anos de 2007 e 2011. Em 2011, o déficit ficou em 3,353 milhões de famílias sem moradia adequada, segundo os resultados divulgados no início deste semestre, com base em dados do IBGE. Os números são referentes ao déficit habitacional básico - que é composto por famílias que vivem em coabitação (1,674 milhão) e moradias inadequadas (1,677 milhão).
Esses dados não consideram famílias que moram em aglomerados subnormais (favelas), por conta da descontinuidade de dados (a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD - deixou de registrar os dados referentes à localização dos domicílios em favelas). No entanto, a estimativa é que o número de famílias nessa condição seja de 2,175 milhões.
O estudo aponta alguns fatores que influíram no desempenho do déficit habitacional: melhoria da renda, principalmente das famílias de baixa renda, e expansão do crédito e dos subsídios do Minha Casa, Minha Vida.
Em termos relativos (proporção entre os domicílios que faltam e o número de famílias existentes), o déficit recuou de 6,5% em 2007 para 5,2% em 2011. No período em questão, o número de domicílios no Brasil passou de 55,9 milhões para 61,5 milhões, enquanto o número de famílias subiu de 59,5 milhões para 64,4 milhões.
As cidades concentram 71% das necessidades de novas moradias. Na zona rural, porém, estão 46% dos domicílios rústicos, improvisados e cortiços - apesar da área representar apenas 14% do total de domicílios do País. A partir do resultado, conclui- se que seria necessário aumentar em 5,4% o número de domicílios no País para se eliminar o problema. Vale lembrar que esse número desconsidera as favelas.
Ferramenta automatiza avaliação de imóveis
A Unidade de Financiamentos da Cetip disponibilizou a primeira plataforma eletrônica brasileira de gerenciamento de dados de avaliações de imóveis. A intenção da empresa, que já opera no mercado financeiro com avaliações de automóveis, é entrar também no setor imobiliário.

O objetivo do produto é ligar os agentes financeiros aos avaliadores de imóveis, com mais rapidez e interatividade. A plataforma será contratada pelos bancos (ou financiadoras) e os avaliadores poderão preencher as informações das avaliações no sistema on-line, por smartphones ou tablets. Todo o acompanhamento do processo é feito em tempo real. Espera-se com isso ganhar agilidade nas avaliações e aumentar a oferta de crédito imobiliário.
"Ao automatizar o processo de avaliação se ganha rapidez e simplicidade, maior padronização das avaliações e a consolidação de um banco de dados para consulta", diz Mauro Negrete, diretor-executivo de operações e tecnologia da Cetip. Ele explica que o e-mail é ainda o canal de comunicação mais usado entre financiadoras e avaliadores e isso não ajuda a acelerar o processo de concessão de crédito.
Com base no arquivamento padronizado e organizado das informações recebidas, será possível montar um banco de dados de avaliações, podendo servir como mais um componente para índices de preços de imóveis.
O Banco Itaú experimenta o produto desde maio de 2013. Essa tecnologia já é aplicada nos Estados Unidos e teve de ser adaptada à realidade brasileira. De acordo com Negrete, as principais modificações que o sistema sofreu ao ser transposto para o Brasil foram as adequações ao código postal e à legislação brasileira que normatiza os bancos. Outra modificação é a padronização do laudo de avaliação para a ABNT NBR 14.653 - Avaliação de Bens.
Fonte: PINIweb

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