quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Gestão em habitação popular

Especialista em gerenciamento na construção diz como aliar qualidade e produtividade nas habitações populares
Carlos Torres Formoso - Professor da UFRGS e coordenador do Grupo Gestão e Economia da Construção do Norie (Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação). Membro do grupo de Assessoramento Técnico do PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat), atua em gerenciamento na construção civil, nas áreas de projeto e gestão de sistemas de produção, gestão da segurança do trabalho, aprendizagem organizacional, medição de desempenho de empresas e empreendimentos, habitação de interesse social e gestão do processo de desenvolvimento do produto. É graduado em Engenharia Civil pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), com mestrado (UFRGS), doutorado (University of Salford) e pós-doutorado na Universidade da Califórnia, (Berkeley, EUA).

Muitas construtoras estão entrando em habitação de interesse social. Como elas devem se preparar?
As empresas devem ter um desempenho muito bom na gestão da produção, pois as margens de lucro são pequenas. Há a necessidade de fazer obras rápidas, de forma a reduzir custos indiretos, e aumentar o giro de capital, controlar os custos e também evitar retrabalhos ou reparos após a entrega.
Como chegar a uma habitação de qualidade com custos compatíveis?
O programa Minha Casa, Minha Vida não pode deixar de lado os requisitos de qualidade do produto final, tais como evitar defeitos (patologias), garantir a habitabilidade (conforto térmico, acústico, lumínico etc.), reduzir o impacto urbano e garantir a durabilidade, entre outros. A garantia da qualidade abrange um amplo leque de ações, incluindo o uso de materiais em conformidade com as normas técnicas, capacitação da mão de obra, certificação de sistemas da qualidade e avaliação da qualidade do projeto por órgãos regulamentadores e financiadores. Nesse sentido, o PBQP-H pode contribuir em muito para a melhoria do setor por meio de alguns de seus sistemas (SiMAT, SiAC, SiNAT). Algumas das dimensões da qualidade também contribuem para a redução de custos e para o aumento das margens de lucro, como, por exemplo, a eliminação de retrabalhos na fase de construção da obra e de defeitos durante a etapa de uso.
O que as construtoras devem evitar ao escolher um sistema construtivo para a larga escala?
Historicamente, o Brasil tem muitas experiências negativas na introdução de sistemas construtivos inovadores. As empresas devem utilizar sistemas industrializados que tenham sido testados adequadamente. A gestão da produção passa a ter um papel fundamental quando se trabalha em escalas maiores. É comum, por exemplo, um sistema funcionar razoavelmente em pequena escala, mas apresentar muitos problemas em empreendimentos maiores.
Quais os desafios técnicos ao construir habitações de interesse social?
Ao contrário de outros segmentos, na habitação de interesse social não se pode ter "gorduras". A empresa deve ser muito eficiente na gestão da produção e os projetos elaborados com cuidado. Não são tolerados atrasos nos prazos, retrabalhos ou reparos durante o uso. Nesse sentido, os conceitos de produção enxuta (lean production) podem ajudar bastante. É também chegada a hora dos sistemas de gestão da qualidade realmente funcionarem, evitando preventivamente falhas de processo e promovendo a melhoria contínua.
Quais os focos de sua pesquisa sobre habitação de interesse social?
Eu coordeno a Rede 1 do Programa de Tecnologia da Habitação (Habitare) da Finep (Financiadora de Estudos e Projeto), da qual participam sete instituições: UFRGS, UFPel, UEL, UFSC, USP, Unicamp, UFCG. O objetivo é desenvolver tecnologias inovadoras de processo e de produto para a melhoria da qualidade e redução de custos. Em relação à qualidade considera-se seu caráter multidimensional, envolvendo aspectos técnicos e a satisfação dos usuários. No que tange à redução de custos, serão considerados não apenas os custos iniciais de construção, mas também os demais custos ao longo da vida útil do empreendimento, assim como o seu impacto no entorno imediato.
Quais as tecnologias disponíveis para enfrentar a questão?
Entre os trabalhos que estão sendo desenvolvidos, destacam-se o desenvolvimento de novos materiais, com o aproveitamento de resíduos; aplicação de métodos de avaliação da qualidade de empreendimentos; ferramentas de custeio de empreendimentos; e a concepção de um SiNCOP (Sistema Nacional de Códigos de Prática). Um dos principais produtos que estamos desenvolvendo na UFRGS é um sistema de indicadores de qualidade, que será disponibilizado futuramente na internet.
Artigo extraído do site da editora pini

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Caixa disponibiliza composições do Sinapi

1- A Caixa Econômica Federal disponibilizou o acesso às composições analíticas de 3.200 serviços do Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil).
2- O Sinapi é utilizado pelo banco para calcular os preços unitários dos serviços de obras contratadas com recursos do Orçamento Geral da União, como os projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do programa "Minha Casa, Minha Vida".
3- No início de julho, a Caixa havia firmado compromisso com representantes da Casa Civil, do Ministério das Cidades e da Comissão de Obras Públicas da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) para divulgar as composições até o final do mês.
4- Para acesso às composições analíticas e siga o passo a passo a seguir:
a) Escolha a localidade e clique em Selecionar;
b) Vá em Pesquisar, no lado superior esquerdo da tela, e clique no item Composição;
c) Insira o código ou palavra-chave para a busca da composição e clique em Pesquisar.
d) Clique na composição desejada;
e) Desça a barra de rolagem e, no final da página, clique em Itens e Coeficientes para ver
a composição detalhada

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Como comprar e receber concreto

Especialista aponta os principais erros cometidos nas etapas de compra e recebimento de concreto e o que fazer para evitá-los

Antonio Domingues de Figueiredo, engenheiro civil e professor doutor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Colaborador da International Tunnelling Association e coordenador técnico do Comitê Brasileiro de Túneis da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos, atua principalmente nas áreas relacionadas ao controle da qualidade e concretos especiais.
Quais são os pontos críticos na compra e recebimento de concreto?
A resistência do concreto é verificada somente após 28 dias de idade. Ou seja, ao contrário de outros materiais estruturais, que chegam à obra já aprovados por um programa de controle da qualidade, o concreto não tem como ser previamente qualificado. Quando se aceita o concreto na obra, está implícito um risco, cuja administração não é a das mais fáceis. A conformidade de um material estrutural em relação aos requisitos de projeto é imprescindível. Obviamente, um concreto não-conforme em um andar de um edifício, no momento em que outros três andares já foram executados acima dele, não é um problema de solução simples e barata.
E como evitar problemas?
Tudo começa no próprio projeto e na especificação do material. No entanto, muitos problemas podem ocorrer se o projetista não especificar requisitos com bom embasamento nos fundamentos tecnológicos. Como, por exemplo, especificar um concreto de 20 MPa com uma relação água/cimento máxima de 0,45, o que é tecnologicamente incompatível. A própria norma NBR 6118 [Projeto de Estruturas de Concreto] já estabelece parâmetros no sentido de se evitar esse tipo de equívoco.

Comprar pelo menor custo é uma prática recorrente?
Hoje o fornecedor de concreto é encarado pela construtora como um "adversário", que deve ser pressionado no sentido de reduzir a um limite mínimo o custo unitário do concreto. Por outro lado, o fornecedor procura se armar para se defender da pressão do mercado e da concorrência no sentido de manter o negócio viável e atingir as suas metas. Assim, aspectos tecnológicos importantes caem para segundo plano, gerando um risco muito maior de não-conformidades na obra.

Como é, na prática, a interface entre projetistas, construtores e concreteiras?
Em geral, a boa comunicação entre eles não ocorre. Infelizmente, é muito frequente que esse tipo de contato seja meramente comercial, ou seja, verifica-se o custo simplesmente. Esse problema começa na própria especificação que, em muitos casos, é bem simplista. Também ocorre a especificação de determinadas características, como o módulo de elasticidade, por exemplo, baseado exclusivamente nas equações empíricas previstas em normas. Mas elas foram obtidas em um período no qual não se utilizava tanto concreto bombeado e os valores de resistência eram menores.

E quais são as consequências dessa falta de comunicação?
É muito frequente a ocorrência da não-conformidade do concreto no requisito resistência.

Que critérios devem ser observados ao escolher a concreteira?
Verificar a qualidade do apoio técnico disponibilizado é fundamental. A venda do concreto precisa ser bem acompanhada tecnicamente. Fora isso, é imprescindível verificar a carteira de clientes que a empresa tem e fazer um contato direto com eles para checar o grau de satisfação, principalmente o daqueles cujo perfil de consumo de concreto é similar ao seu. Outro ponto importante é avaliar a atualização da certificação da empresa e a política adotada por ela.

Ao fazer o pedido, que informações o construtor deve fornecer à concreteira?
Todas as informações técnicas exigidas para o concreto, tais como abatimento, resistência característica, diâmetro máximo do agregado, relação água/cimento máxima etc. Outro item crucial é garantir um bom planejamento da concretagem de modo a evitar desperdícios e atrasos. Não se pode esquecer que o concreto é um produto perecível e deve ser aplicado respeitando rigorosamente os tempos disponíveis para seu uso.

Será possível eliminar a verificação da performance do concreto aplicado?
Não há como eliminar o controle de recebimento do produto. O que as construtoras querem é reduzir os custos de ensaio em geral, reduzindo o controle da qualidade. Isso vai contra os princípios básicos da engenharia. O controle de recepção do concreto só pode ser eliminado quando são utilizados pré-fabricados e em situações nas quais o controle de produção for concatenado com o de recepção.
Por Gisele C. Cichinelli (Artigo publicado no site:www.construcaomercado.com.br

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O DÉFICIT HABITACIONAL E O SONHO DA CASA PRÓPRIA

As cidades brasileiras cresceram vertiginosamente nas últimas décadas a partir de uma forte migração da população da zona rural para a zona urbana, provocando um “inchaço” das cidades. Este fato, aliado a outros, tem provocado muitos problemas ligados à moradia, tais como: coabitações, habitações precárias, autoconstrução e falta de infra-estrutura. Parcela significativa da população brasileira sobrevive em condições subumanas: sem moradia, sem água, sem esgoto, sem transporte, demandando vultosos investimentos sociais e exigindo uma tomada de posição por parte do Poder Público.

O que hoje se vê no Brasil é uma preocupação constante com o problema do déficit habitacional. No entanto, pouco ou nada se fez no sentido de se criar e implementar políticas públicas sustentáveis. O problema se agrava mais ainda quando se refere ao segmento privado, onde o foco dos investimentos dos bancos privados se concentra nas chamadas classe média e alta da população e é, exatamente na classe baixa onde reside o maior déficit habitacional do país, estimado em 7,2 milhões de moradias, sendo que 90,9% desse déficit se concentram na faixa da população com renda de zero a três salários mínimos.

É nesse contexto que surge o programa do governo Federal intitulado “Minha Casa, Minha Vida” que traz em seu bojo a esperança de que o sonho da casa própria se torne uma realidade para milhões de brasileiros. A meta do programa é construir um milhão de moradias para famílias com renda mensal de até dez salários mínimos, sendo 400 mil destinadas à população que ganha até três salários mínimos, 400 mil para população de três a seis salários mínimos e o restante para população de seis a dez salários mínimos. O objetivo é reduzir em 14% o déficit habitacional no país, e para isso o governo prevê, através do programa, um investimento total de R$ 60 bilhões, sendo R$ 34 bilhões em subsídios federais e tendo como parceiros os estados, municípios e a iniciativa privada, tudo sob a supervisão da Caixa Econômica Federal.

Mas será que o programa vai sair do papel ou é mais uma daquelas medidas que não passam de propaganda com fins eleitoreiros? O pacote tem sido elogiado pelos empresários da construção civil e os contratos, sobretudo aqueles enquadrados na faixa de renda de 3 a 10 salários mínimos já começaram a ser assinados em todo Brasil. O fato é que mesmo com a implantação do programa Minha Casa, Minha Vida, muito ainda há que ser feito para incluir a moradia como um direito de todo cidadão brasileiro, pois muitas ainda são as dificuldades que impedem que esta obrigação do poder público se torne uma realidade, onde destacamos: a carência de recursos governamentais específicos para a habitação, os conflitos de interesses entre os entes públicos, as práticas de pouca atenção aos reais interesses da população, a supervalorização de medidas meramente circunstanciais e eleitoreiras que têm deixado os brasileiros sem condições de terem atendidas suas demandas não só por habitação, mas também por saneamento, sistema viário e equipamentos de interesse comunitário.
Jefferson Luiz Alves Marinho
Eng° Civil e de Segurança do Trabalho
Pós-graduado em Avaliações de imóveis e Perícias Judiciais.
(Artigo Publicado no Jornal do Cariri, Ano XI, nº 2379, do dia 26/05/2009).

sexta-feira, 22 de maio de 2009

CONCURSO PARA PROFESSOR UNIVERSITÁRIO

Serão iniciadas no próximo dia 25 de maio e vão até 5 de junho, as inscrições ao Processo Seletivo da Universidade Regional do Cariri (URCA), para contratação de Professor Substituto. Serão oferecidas 59 vagas para os departamentos de Direito, Educação, Economia, Educação Física, Enfermagem, Matemática, Engenharia de Produção, Construção Civil (03 VAGAS), Física, Ciências Sociais, História, Geociências, Línguas e Literatura, Teatro e Artes Visuais.


As inscrições poderão ser feitas nos horários das 9 às 12 horas e das 14 horas às 17 horas, na Pró-Reitoria de Ensino e Graduação – PROGRAD, no Campus do Pimenta da Universidade. As provas serão realizadas nos dias 17,18 e 19 de junho.

A taxa de inscrição, no valor de R$ 80,00, pode ser depositada em qualquer agência da Caixa Econômica Federal (CEF). O prazo de contratação de Professor Substituto será de 12 meses, podendo ser prorrogável por igual período. O regime de trabalhos será de 40 horas semanais.

MAIORES INFORMAÇÕES ATRAVÉS DO SITE: WWW.URCA.BR (NOTÍCIA DO DIA 20/05/2009).

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Transporte Ferroviário como Alternativa


O transporte urbano nas cidades brasileiras está passando por uma fase semelhante a que ocorreu em outros países, caracterizada pelo aumento do uso do transporte individual em detrimento do transporte coletivo. Nesse tipo de modelo, o resultado em geral é muito ruim, porque gera externalidades negativas como poluição, acidentes no trânsito, congestionamento e o rompimento das relações sociais que transformam a sociedade num ambiente muito mais agressivo e muito menos adequado para a população, onde predomina o desrespeito às leis e ao próximo. E diversos são os fatores que contribuíram para a ineficiência do sistema de transporte urbano das grandes cidades, onde podemos destacar: o crescimento desordenado das cidades, principalmente nas periferias; a concentração da população nas cidades; a construção das cidades baseadas no uso diário do automóvel; a não priorização dos modos não motorizados e coletivos; o aumento do número de veículos, principalmente as motocicletas; falta de integração entre os sistemas, os modos e os órgãos gestores de transporte e trânsito; falta de projetos integrados e que possibilitem a construção de um sistema de longa duração; redes que não atendem às necessidades dos usuários, dentre outros.
Um dos maiores desafios que hoje estão colocados, sob o ponto de vista do planejamento urbano é a questão da mobilidade. O trânsito está ficando insuportável e isso não acontece só nas grandes cidades já é realidade na região do Cariri. Defendo que o transporte coletivo deve ser priorizado frente ao transporte individual. Não sou favorável à proibição do indivíduo de sair com seu automóvel de casa, pois é um direito que todo cidadão tem, mas o que é preciso fazer é criar medidas que tornem atrativo o uso do transporte coletivo, tornando-o mais rápido, seguro e confortável. E é na tentativa de resolver o problema do transporte de massa que surge o trem urbano ou metrô.
O crescente processo de urbanização que experimenta a região, o intenso turismo religioso e a forte ligação histórica do Cariri com o transporte ferroviário de passageiros são argumentos que por si só já justificam a implantação do metrô do Cariri. O trecho inicial que ligará a cidade de Crato a Juazeiro do Norte é formado por uma malha ferroviária de 13,6Km de extensão e composta por nove (9) estações sendo quatro (4) no Crato e cinco (5) em Juazeiro do Norte.Inicialmente a frota será composta por duas composições climatizadas do tipo VLT - Veículo Leve sobre Trilhos, sistema largamente utilizado na Europa e na Ásia, com capacidade para transportar até 330 passageiros por composição com uma velocidade operacional de 60km/h e com motor à diesel.
Mas, diante de tanta modernidade, será que o metrô do Cariri resolverá o problema do transporte urbano da região? Decerto que não, mas já é um bom começo, haja vista que em muitos países desenvolvidos as redes metroviárias constituem a base dos seus respectivos sistemas de transporte público. No Cariri a implantação do metrô é uma medida que visa complementar o transporte coletivo entre as cidades de Crato e Juazeiro do Norte, atualmente feito por ônibus e topiques. Muito ainda há que ser feito como a implantação de linhas entre bairros que é muito deficitária nas cidades de Crato e Barbalha, bem como a implantação de políticas públicas de acessibilidade.
É fato que as grandes metrópoles a cada dia crescem mais e urge que o transporte público seja alçado ao patamar dos direitos sociais garantidos pela Constituição Federal, sendo equiparado à educação, à saúde, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à segurança, entre outras políticas públicas. Essa mudança de mentalidade é vital e representa um dos grandes desafios dos nossos governantes.

Autor: Jefferson Luiz Alves Marinho
Professor e Coordenador do Curso de Construção Civil da URCA
Artigo publicado no Jornal do Cariri - Ano XI - N° 2372 de 7 a 13 de abril de 2009

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Lula anuncia plano para construção de 500 mil moradias populares em todo país





BRASÍLIA (Agência Brasil), 3 de fevereiro - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (3) que em cerca de dez dias ministros apresentarão a ele um plano para a construção de 500 mil casas em todo o país.

“Daqui a uns 10 dias, a Dilma Rousseff [ministra-chefe da Casa Civil], o Guido Mantega [ministro da Fazenda] e o Márcio Fortes [ministro das Cidades] vão apresentar um plano para construirmos mais 500 mil casas neste país, além daquelas que a Caixa Econômica já constrói”.

Lula destacou que a geração de empregos é a principal motivação da medida. “Vamos fazer isso por que precisamos gerar empregos”.

Nos próximos dias, o governo vai lançar um conjunto de medidas para incentivar a construção civil. O plano seria apresentado na semana passada, mas foi adiado porque o presidente Lula quer reduzir ainda mais o custo do financiamento habitacional e conceder mais facilidades às famílias com renda inferior a cinco salários mínimos (até R$ 2.075). A meta do governo é financiar 1 milhão de novos imóveis até 2010.

As afirmações de Lula foram feitas durante discurso em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Lá, o presidente inaugurou a Escola Estadual Luiz Carlos da Vila, obra que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A escola tem capacidade para atender 1,5 mil alunos de ensino médio.