A disponibilidade de
terrenos é considerada a principal dificuldade do programa Minha Casa, Minha
Vida (MCMV). Esse é o resultado de uma pesquisa realizada pelo Sindicato da
Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em
parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a
Fundação Getulio Vargas (FGV), e divulgada nesta segunda-feira (29) no
workshop "Minha Casa, Minha Vida e Parcerias: Gargalos e
Propostas". Ao todo, 66 construtoras foram ouvidas.
O levantamento usou como parâmetro uma escala de zero a 100,
sendo que valores acima de 50 indicam mais dificuldade e abaixo de 50 pouca
dificuldade. Dos 14 obstáculos citados na pesquisa, 13 atingiram resultado
acima de 50 pontos. A opção disponibilidade de terreno, que ficou em primeiro
lugar, atingiu 78,8 pontos. Na sequência, vieram os processos de aprovação
junto a órgãos do governo do Estado (77,3 pontos), a contratação de mão de
obra qualificada (75,3 pontos), a legalização para entrega dos
empreendimentos (73,5 pontos) e os serviços de cartórios (73 pontos). O único
item apontado como tendo pouca dificuldade foi a fiscalização das obras (42,7
pontos).
Na avaliação de Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP, é
preciso agir para que programas como o MCMV, que ainda são de governo, se
transformem em uma política de Estado, portanto, perene. "Consideramos
imprescindível a participação dos governos locais, por diversos meios: doação
de terrenos; agilização das aprovações; isenções de tributos, e aportes
financeiros para complementar os subsídios que garantem habitação para as
famílias de menor renda", afirmou Watanabe.
Durante o evento, a coordenadora de projetos de construção
civil da FGV, Ana Maria Castelo, mostrou que o programa federal contribuiu
inegavelmente para a geração de emprego e renda. De acordo com cálculo feito
pela FGV em 2012, sem a contratação de cerca de 300 mil moradias da faixa 1,
entre 2011 e 2014 a economia do país deixaria de gerar R$ 15,7 bilhões em
valor agregado. Isso também representaria menos 400 mil postos de trabalho.
Fonte: PINIweb
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segunda-feira, 20 de maio de 2013
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