Na última
quarta-feira (5), foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado,
por oito votos a favor e seis contra, o projeto que determina que engenheiros, arquitetos
e agrônomos que ocupam cargos efetivos no serviço público poderão ter suas
carreiras reconhecidas como essenciais e exclusivas de Estado. O texto seguirá
para sanção presidencial.
De autoria do
deputado José Chaves, o PLC 13/2013 é apoiado por entidades como o Conselho de
Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), o Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia (CREA) e a Associação Nacional dos Servidores Engenheiros(as),
Arquitetos(as) e Agrônomos(as) do Poder Executivo Federal (ANSEAF), entre
outras. A normativa anterior, prevista pela Constituição de 1998, define como
carreiras típicas do Estado somente as de servidores das áreas jurídica, de
auditoria e de gestão governamental.
Assim, com o novo
projeto de lei, os profissionais de engenharia e arquitetura passariam a ter
direito a garantias especiais contra a perda dos seus cargos, se forem
servidores públicos estáveis. Para as entidades, "a inclusão de tais
profissionais servidores públicos como carreira típica de Estado aumenta a
segurança da sociedade em relação ao Estado, dificultando o desmonte de equipes
técnicas como aconteceu no país nas últimas décadas. Esse desmonte teve como
consequências a fragilização da cultura de planejamento do Estado, com que
resultaram problemas como o agravamento da mobilidade urbana, os ''apagões'' do
setor de energia, os ''gargalos'' da infraestrutura, o déficit habitacional e
outros".
De acordo com o
senador Romero Jucá, que apoia o projeto, o atesto de uma obra pública não pode
ser feito por outra pessoa a não ser por um engenheiro definido para isso.
"O que se está se reforçando aqui é o papel funcional, profissional de
servidores que são extremamente importantes, mas que não têm o devido reconhecimento",
disse.
O PLC 13/2013 teve
o parecer favorável de Inácio Arruda (PCdoB-CE), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR),
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Randolfe
Rodrigues (PSOL-AP), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Benedito de Lira (PP-AL), além de
Jucá. Votaram contra: Pedro Taques (PDT-MT), Eduardo Suplicy (PT-SP), Humberto
Costa (PT-PE), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Paulo Paim (PT-RS) e Douglas Cintra
(PTB-PE)
Fonte: Kelly Amorim, do Portal PINIweb, 7/Novembro/2014